Quando as pessoas procuram modalidades de crédito para adquirir um carro ou uma casa própria, é muito comum surgir a dúvida de optar por financiamento ou consórcio. 

Embora ambas sejam formas de pagar por um bem, enquanto uma funciona como uma forma de parcelamento da compra, a outra funciona como um tipo de poupança planejada. Antes de escolher uma delas, é importante conhecer bem cada uma.

Por isso, se você quer saber mais sobre as diferenças entre essas modalidades e qual é a melhor opção para você, vamos te ajudar nesse artigo. Boa leitura!

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Qual a diferença entre financiamento e consórcio?

A grande diferença entre o financiamento e o consórcio é a forma em que o pagamento acontece e o tempo de aquisição do bem. 

No caso do financiamento, você tem direito à posse do bem de maneira instantânea. No entanto, como você está financiando o seu bem, você paga um valor bastante alto para receber isso de forma mais rápida.

Quando você financia um carro, o item é alienado fiduciariamente ao banco até o fim do pagamento. 

Ou seja, a instituição financeira que concedeu o crédito tem direito ao bem até você quitar o fim do pagamento. Embora esteja com o bem em mãos, ele ainda não é 100% seu.

No caso do consórcio, por outro lado, você vai pagar mensalmente a parcela do valor do item que você deseja adquirir e não necessariamente receberá o bem no primeiro mês. 

Trata-se de um investimento de maior prazo, pois a contemplação pode acontecer até no último mês do pagamento, caso não seja sorteado antes ou não faça lances.

Como funciona um financiamento?

como funciona financimento

Agora que você já entendeu as explicações mais gerais sobre o financiamento e o consórcio, iremos nos aprofundar mais sobre os temas. Em primeiro lugar, vamos falar sobre o financiamento.

O financiamento funciona como uma espécie de crédito pessoal em que é preciso informar ao banco qual será a finalidade do dinheiro a ser usado.

Dessa forma, será feito um contrato entre a instituição bancária e o comprador, no qual ele vai escolher o bem desejado, e contratar a instituição para pagar o valor total da dívida.

Quem realiza a compra do imóvel ou do veículo, por exemplo, é o banco. Em outras palavras, a instituição é responsável por intermediar a realização dos projetos, e determina um valor a ser cobrado pelo serviço prestado e pelo crédito concedido.

Como se trata de uma compra parcelada, o valor é dividido em um prazo estabelecido por contrato. Dessa forma, o comprador vai pagar uma fração da dívida mensalmente além dos juros que são cobrados periodicamente, sobre o saldo devedor que resta.

Além disso, é importante destacar que o financiamento exige um valor mínimo de entrada. Em casos que isso não acontece, os juros costumam ter valores mais altos. No geral, para financiar um bem, é preciso ter pelo menos 20% do valor total dele para dar de entrada.

Quais as vantagens e desvantagens de fazer um financiamento?

Optar por um financiamento pode ser uma opção para quem está com mais pressa em adquirir o bem e não possui todo o dinheiro disponível. No entanto, financiar pode também deixar o custo total mais caro.

Entre as vantagens do financiamento, podemos destacar: 

  • Sem necessidade de espera para ter posse do bem;
  • Dívida somente com o banco;
  • Possibilidade de adiantar as parcelas.

Já entre as desvantagens dessa modalidade, podemos citar: 

  • Pagamento de juros altos e taxas;
  • Necessidade de pagamento de entradas;
  • Maior burocracia e documentos para liberação;
  • Risco de perder o bem caso não pague.

Quais são os juros de financiamento?

Entre as desvantagens do financiamento, é comum citar os juros. No entanto, você sabe quais são os juros que participam de um financiamento? Iremos falar sobre eles agora.

Em primeiro lugar, é importante saber que os juros costumam acompanhar a taxa Selic. Ou seja, se essa taxa sobe, a tendência é que os juros cobrados também subam. Da mesma forma, caso ela caia, o mesmo acontece com os juros.

Os juros de financiamento também costumam ser maiores quanto mais longo for o pagamento. Para entender melhor como eles funcionam, podemos citar a taxa nominal, a taxa real e a taxa efetiva.

Taxa nominal 

Esse primeiro tipo de taxa dos juros é fixa por um ano e não costuma sofrer variações. Todo controlado precisa mencioná-la. Ela se baseia no valor inicial do crédito concedido ao cliente.

Taxa efetiva 

A taxa efetiva é a conversão da taxa nominal quando existe capitalização. Em outras palavras, isso significa dizer que quando os juros são incorporados ao capital inicial, o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal.

Taxa real 

Por fim, a taxa real, como o nome sugere, é a taxa de juros nominal corrigida pela variação da inflação. Ela é calculada com base na taxa efetiva.

Como fazer um financiamento pagando menos juros?

Qualquer financiamento tem uma taxa de juros. Isso porque ela representa o retorno que a instituição recebe por fornecer o dinheiro para às pessoas.

 No entanto, há formas de pagar valores de juros menores. A melhor maneira de reduzir as parcelas do financiamento e, por consequência, os juros que vão incidir sobre esse valor, é oferecendo uma entrada maior.

Além disso, com um saldo menor a pagar, você também aumenta suas chances de negociar valores em aberto mais facilmente com o banco.

Caso você queira financiar,  você pode simular as condições e as parcelas do financiamento com uma entrada maior e ver se vale a pena esperar juntar esse dinheiro para a entrada. 

Como funciona um consórcio?

como funciona consórcio

Agora que já falamos mais sobre o financiamento, está na hora de explicarmos mais sobre o consórcio, outra modalidade de crédito para adquirir bens. Como funciona um consórcio na prática?

Ele nada mais é do que uma poupança conjunta, no qual pessoas interessadas em adquirir o mesmo bem participam. 

Ou seja, você e outras pessoas do mesmo grupo vão contribuir com uma parcela mensal para juntar o valor necessário para a compra do carro em questão. 

A responsabilidade pela gestão do consórcio se dá por meio das administradoras, ou seja, empresas especializadas e autorizadas pelo Banco Central para realizar essa atividade. 

Para que haja a gestão e o bom funcionamento dos grupos de consórcio, é paga uma taxa de administração. Outras taxas que também podem fazer parte do pagamento são a do fundo de reserva e o seguro de vida. No entanto, não há juros nem entradas necessárias.

Todo mês uma pessoa do grupo será contemplada com a carta de crédito, ou seja, uma carta que representa o valor correspondente ao escolhido na hora da contratação do consórcio. Com ela, o consorciado poderá adquirir seu bem.

Quais as vantagens e desvantagens de um consórcio?

O consórcio é uma excelente forma de conquistar o sonho de ter um carro ou uma casa própria, principalmente para quem busca uma compra planejada e mais econômica. Entre as vantagens dessa modalidade, portanto, podemos destacar:

  • Ausência de entrada e de taxas de juros;
  • Possibilidade de ser contemplado antes de pagar todas as parcelas;
  • Menor burocracia para a liberação do crédito;
  • Maior controle financeiro e planejamento;
  • Flexibilidade de parcelamento;
  • Liberdade de escolha do bem.

Já as desvantagens do consórcio que podemos citar são:

  • Maior prazo para recebimento do bem;

Qual é o juros de um consórcio?

Uma das vantagens do consórcio é que, diferente do financiamento, ele não oferece nenhum tipo de juros para o consorciado. 

Como ser contemplado em um consórcio?

A contemplação do consórcio pode acontecer tanto por meio do sorteio, como através dos lances ou, por último, no fim do contrato. Vamos falar um pouco sobre essas formas de contemplação a seguir.

Sorteios

A modalidade de contemplação por sorteio ocorre mensalmente para quem está com as parcelas em dia. Nesse caso, todos os participantes que compareceram às assembleias têm a mesma oportunidade de vencer.

Lances

Outro tipo de contemplação é o lance, uma opção que facilita o pagamento e agiliza a retirada do prêmio. Ele pode ser tanto livre, como fixo ou embutido.

Como em um leilão, vence quem paga o valor mais alto. Caso você tenha feito uma oferta e não seja a mais alta, você não vai perder o dinheiro ofertado.

Lance livre

O lance livre, como sugere o nome, é o tipo no qual você pode ofertar qualquer valor entre a taxa mínima e o valor absoluto das mensalidades que você ainda vai pagar. Contudo, muitas vezes, pode existir um valor mínimo de 10% do prêmio, por exemplo.

Em caso de empate, o vencedor será definido conforme o regulamento do consórcio. Um dos critérios usados para definir o vencedor de acordo com o contrato é o sorteio.

Lance fixo

Outro tipo de lance é o fixo. Nesse formato, é a administradora que determina o valor que corresponde a um percentual do valor da carta de crédito. Também será ela que vai definir um ganhador a partir de um determinado critério.

Da mesma forma que o lance livre, também pode ser feito um sorteio somente com as pessoas que ofereceram o lance fixo. 

Lance embutido

O lance embutido é o tipo de lance que permite que o consorciado use parte do valor da carta de crédito como lance. 

Ou seja, se a carta de crédito for de R$70 mil e o consorciado oferecer R$10 mil de lance, isso significa que ele receberá uma carta de crédito de R$60 mil quando for contemplado.

Trata-se de uma forma de conseguir a contemplação mesmo sem ter dinheiro para ofertar o lance, no entanto, isso compromete o valor final da carta de crédito. Cada consórcio pode ter um regulamento diferente para essa situação. 

Bem usado como lance 

Por fim, é possível também usar um bem quitado no nome do consorciado como parte do lance. Ou seja, você vai trocar um bem por outro melhor ou mais novo dentro do seu valor de crédito.

Entretanto, é importante ressaltar que não são todas as administradoras de consórcio que permitem esse tipo de lance, sendo menos comum. Caso seja viável, o bem vai ser avaliado por uma corretora para definir o valor dele.

No final do contrato

A última maneira de ser contemplado é ao quitar o pagamento de todas as parcelas do consórcio. Todos os participantes que não foram contemplados por sorteio ou lances receberão o valor.

Financiamento ou consórcio: qual é o melhor?

qual melhor financiamento ou consórcio

Afinal, qual é melhor, financiamento ou consórcio? Como vimos, caso não tenha o fator urgência, investir em um consórcio pode ser uma opção mais segura, planejada e rentável a longo prazo. 

Se você não tiver pressa para comprar um bem – ou tiver um dinheiro reservado para tentar lances – o consórcio pode ser uma excelente alternativa: não precisa de juros, nem de entradas, quase não tem burocracia e ainda oferece flexibilidade no uso da carta de crédito.

Para fazer uma boa escolha, é importante avaliar os pontos positivos e negativos de cada modalidade e compreender qual é a sua realidade financeira. 

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Conclusão

Se você tem uma urgência para receber o bem e não possui um valor relevante para participar de um lance no consórcio, pode ser que o financiamento seja a melhor opção para você.

Por outro lado, se você está buscando se planejar financeiramente para adquirir um carro e quer fugir dos altos juros de um financiamento, optar por um consórcio será mais seguro. Com essa organização, o investidor minimiza o risco de dívidas e tem mais tranquilidade para pagar parcelas mais acessíveis.

O grande diferencial do consórcio é o incentivo que ele gera para as pessoas pouparem e fazerem uma compra planejada! No Klubi acreditamos que o consórcio, com sua facilidade na aprovação de crédito, tem o potencial de auxiliar milhares de brasileiros a conquistarem o bem que antes parecia impossível.