Para comprar um carro novo, é muito comum que as pessoas recorram ao financiamento como meio mais rápido de conquistar esse bem, principalmente considerando que é raro se ter o dinheiro todo à vista. 

No entanto, o que muita gente não sabe é que essa modalidade apresenta diversas desvantagens quando se considera o processo a longo prazo. 

Pensando nisso, resolvemos trazer um material para falar sobre os principais prejuízos de se optar pelo financiamento para que você entenda, de fato, que essa não é a melhor opção de investimento quando o assunto é carro. 

Acompanhe nosso conteúdo e boa leitura!

Quer conhecer todos os tipos de carros? Leia nosso artigo e confira os que mais combinam com seu perfil!

O que é o financiamento de um veículo?

Antes de tudo, é importante esclarecer como funciona a modalidade de financiamento de um bem como o carro. Ele nada mais é do que um formato de compra parcelada em que o interessado recebe o crédito para comprar um automóvel.

Quem vai oferecer o crédito com o valor do carro será uma instituição financeira, como o banco. Será feito um contrato entre o comprador e a concedente do crédito. No geral, o financiamento também envolve um valor mínimo de entrada.

Dessa forma, o cliente vai pagar valores mensais com diversas taxas para cobrir o empréstimo enquanto durar o contrato. O valor que o banco disponibiliza varia conforme o perfil financeiro de cada cliente e de acordo com as taxas envolvidas.

A diferença entre financiamento e empréstimo é que o cliente precisa usar a quantia que pegou emprestada para algo específico e já combinado com a instituição, como um carro ou uma casa.

Vale a pena financiar um veículo?

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A forma de usar o dinheiro não leva em conta apenas o contexto financeiro, mas também as necessidades de cada indivíduo naquela etapa de sua vida. 

É normal não se ter todo o recurso necessário para comprar um bem de uma vez, e é isso que faz com que as pessoas procurem um financiamento para conquistar de maneira rápida. No entanto, essa urgência não compensa a longo prazo. 

Por isso, cabe responder a essa pergunta de maneira direta: vale a pena financiar um veículo? Não. A seguir, vamos te mostrar os principais motivos dessa resposta.

Por que não financiar um veículo? 7 ciladas do financiamento

Como falamos, não vale a pena financiar um veículo. Agora, é preciso explicar o porquê dessa não ser uma boa opção. 

Antes de qualquer coisa, é importante deixar claro que enquanto você está pagando a dívida, você tem a posse do bem imediata, mas não a propriedade. Como ele está alienado a você, em qualquer caso de inadimplência, você perde o bem. Em suma: ele ainda não é seu.

Considerando esse principal ponto, a seguir, vamos falar sobre as 7 ciladas do financiamento.

Juros

Talvez a principal desvantagem mais conhecida do financiamento seja o juros. Todo mundo sabe que qualquer financiamento envolve uma taxa de juros.

 Ela existe porque é a forma de pagar e assegurar o crédito que foi concedido pela instituição financeira, ou seja, é a maneira que o banco lucra com essa atividade de empréstimo.

No entanto, você sabe quais são os juros do financiamento? Os juros costumam acompanhar a taxa da Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia todas as demais taxas de juros do Brasil, inclusive, a do financiamento.

Dessa forma, quanto mais alta ela estiver, maior será o valor cobrado pelos juros. Da mesma forma, caso ela esteja super baixa, o valor cobrado dos juros também será menor.

Os juros de financiamento também são influenciados pela forma como se escolhe pagar: quanto maior for o pagamento, mais altos serão os juros; ao mesmo tempo, com um maior valor de entrada, os juros podem cair um pouco.

Entre as taxas que participam da taxa de juros, podemos elencar a taxa nominal, a taxa efetiva e a taxa real. 

  • Taxa nominal: essa é uma taxa de juros fixa por um ano e não costuma sofrer variações. Ela se baseia no valor inicial do crédito concedido ao cliente;
  • Taxa efetiva: ela diz respeito à conversão da taxa nominal quando existe capitalização. Ou seja, quando os juros são incorporados ao capital inicial, o valor a receber será maior do que o indicado pela taxa nominal;
  • Taxa real: essa é a taxa de juros nominal corrigida pela variação da inflação, sempre sendo calculada com base na taxa efetiva.

Custo Efetivo Total

Além da taxa de juros que, sem dúvidas, é a que mais chama a atenção enquanto cilada do financiamento, existem outras taxas adicionais que também precisam ser cobradas e pesar no bolso.

Quando se financia qualquer bem, como é o caso de um veículo, além de pagar por juros, é igualmente necessário pagar taxas.

Por isso é preciso considerar o Custo Efetivo Total (C.E.T.), ou seja, a taxa que embute todos os custos do financiamento. O CET  vai definir qual é o valor total que você vai pagar nessa modalidade. 

O CET nada mais é do que a soma de taxas de juros com os tributos, tarifas, gravames, IOF, registros, seguros e qualquer outra despesa do contrato.

O CET costuma ser apresentado com muita discrição pelas empresas, uma vez que ele é o valor real final da compra. No entanto, todas as empresas são obrigadas a informar o CET na assinatura de um contrato. 

Taxa de abertura de crédito (TAC)

Seguindo com as ciladas do financiamento relativas às taxas, precisamos falar mais especificamente sobre a Taxa de abertura de Crédito (TAC). 

Como você já sabe, todo financiamento tem diversos custos adicionais além dos juros. A TAC é um desses custos. 

A cobrança da TAC é ilegal desde 2008, no entanto, alguns bancos ainda incluem esse valor imbutido com outros nomes nas parcelas pagas pelos consumidores.

E o que ela custeaia? Basicamente, a investigação que o banco precisa fazer para se certificar se é ou não arriscado emprestar dinheiro para você.

A taxa, ainda, não possui um valor fixo e vai depender do banco que você fez o contrato, visto que ela vai ser embutida. Enquanto há bancos que cobram de R$500,00, outros cobram mais de R$1.500,00. 

Esse valor também está associado ao prêmio oferecido a concessionárias e funcionários que conseguem captar novos clientes que financiam com determinado banco. Dessa forma, é uma maneira indireta de pagar esse preço da captação. 

Armadilhas de bancos

Outro ponto de atenção importante quando o assunto é financiamento são as instituições concedentes do crédito, ou seja, os bancos.

É comum  que os bancos anunciem taxas de juros competitivas, no entanto, cobrem uma taxa de abertura de crédito muito elevada para compensar.

Ou seja, quando um financiamento possui uma taxa muitíssimo reduzida, é preciso ficar de olho no valor total, para ver se realmente é uma oferta ou apenas uma armadilha do banco.

Para se ter uma noção das taxas de juros comumente cobradas, você pode verificar isso no site do Banco Central. 

Lá é possível fazer uma pesquisa de taxas de juros para financiamento de veículos nos principais bancos. Com isso, você tem uma noção do valor base – apenas dessa taxa.

Nome sujo

Quem tem nome sujo também precisa resolver esse problema caso queira fazer  financiamento de um veículo. Caso se tenha alguma restrição em serviços de proteção ao crédito como o SERASA e o SPC, o ideal é resolver estas pendências antes.

Como é feita uma análise de crédito, é muito provável que seu crédito será negado se você estiver com um nome negativado. 

Pessoas que já tiveram nome sujo anteriormente e limparam também podem ter problema, portanto, problemas no SERASA e SPC são um grande empecilho para essa modalidade. Alguns dos documentos pedidos pelo banco são:

  • Comprovante de renda ou de patrimônio;
  • Pesquisa atualizada em serviço de proteção como o SERASA Experian;
  • Certidões de cartórios de protesto;
  • Certidão de regularidade do CPF do consumidor expedida no site da Receita Federal.

IOF: Imposto sobre operações financeiras

Os gastos do financiamento são, de fato, muito maiores do que o valor do gasto em si, como já falamos. E mais um valor cobrado diz respeito ao IOF, ou seja, imposto sobre operações financeiras.

Quem financia qualquer bem, como um veículo, precisa pagar este imposto. No caso de carros, a alíquota costuma ser de 3% ao ano para pessoa física, além de uma taxa de 0,4% de IOF logo na abertura do financiamento. 

Uma taxa de 3% cobrada em uma dívida de R$60 mil representa um custo de R$1800,00 apenas desse imposto em específico. 

Inflação do preço dos carros

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal indicador que influencia no preço dos carros. É comum que as pessoas tenham medo de não comprar agora o carro e o preço dele subir com o tempo.

No entanto, se ilude quem pensa que o preço do carro irá subir acima da inflação ou acima da rentabilidade dos seus investimentos. 

Além disso, o problema pode ser ainda maior quando a pessoa resolve trocar de carro novamente fazendo um novo financiamento dando o carro antigo. O carro velho será ainda mais depreciado, ou seja, o prejuízo continua grande. 

Como a pessoa vai seguir transferindo renda para o sistema financeiro, isso será mais um empecilho para a construção de um patrimônio de valor.

Cuide do seu dinheiro: financiamento não!

financiamento ou consórcio

Te mostramos 7 ciladas do financiamento para você entender que, de fato, esse não é o melhor caminho quando o assunto é comprar um carro. 

Mas então, se você não tem o dinheiro à vista, pode estar se perguntando: como alcançar o sonho de um carro próprio? A resposta é bem simples: invista em um sistema de consórcio de qualidade.

Como funciona o consórcio

Antes de mostrar o porquê o consórcio é melhor que o financiamento, é interessante falar sobre o funcionamento básico dessa modalidade de compra.

O consórcio nada mais é do que uma compra coletiva no qual pessoas interessadas em adquirir o mesmo bem participam. Existem vários tipos de consórcio, tanto para veículos como para imóveis e serviços.

O consórcio se divide em grupos, nos quais cada um terá membros pagando a mesma parcela para receber o mesmo valor final.

A parcela envolve tanto o valor do bem dividido como algumas taxas como de administração e de seguro, mas que são bem menores que a de juros.

A responsabilidade pela gestão do consórcio se dá por meio das administradoras, ou seja, empresas especializadas e autorizadas pelo Banco Central para realizar essa atividade. 

São elas que vão determinar a ordem de contemplação, ou seja, do recebimento da carta de crédito – o título que representa o valor que você tem disponível para compra. 

A contemplação pode acontecer por meio do sorteio, que ocorre mensalmente, e por meio de lances, que podem ser fixos, livres ou embutidos. Ao final do contrato, todas as pessoas receberão o valor para usufruir dentro da categoria escolhida.

As vantagens do consórcio

vantagens consórcio

Bom, agora que a gente te mostrou como é a operação de um grupo de consórcio, vamos te falar as principais vantagens que ele oferece em relação ao financiamento, principalmente. São elas, portanto:

  • Não tem juros nem entrada;
  • Compra à vista;
  • Pouca burocracia.

Não tem juros nem entrada

Diferentemente do financiamento, o consórcio não apresenta nenhuma taxa de juros e nem é preciso oferecer um valor de entrada para poder participar de um grupo.

Embora envolva outras taxas, como falamos, elas são muito menores do que os juros convencionais. A ausência de juros se dá pois não há concessão de crédito, o dinheiro, na verdade, está sendo juntado coletivamente.

Compra á vista

A segunda vantagem de optar pelo consórcio é porque ele permite a compra à vista. Quando você é contemplado, mesmo que não tenha pago todas as parcelas, você recebe o valor completo do prêmio.

Comprar à vista é sempre mais vantajoso, pois permite negociar descontos. Pagando um valor menor, você pode usar o restante do prêmio para turbinar o bem, como no caso do carro, ou até mesmo usar para o pagamento do seguro dele.

Pouca burocracia

A última vantagem do consórcio, sobretudo em relação ao financiamento, é o fato de que quase não oferece burocracias. 

O consórcio não tem muitos requisitos bancários e administrativos, dessa forma, a entrada é bastante rápida. Caso não tenha empecilhos como dívidas, a liberação do crédito também não demora, o que torna a compra também simples.

Além disso, o consorciado não precisa se preocupar com as tratativas da própria compra do bem ou do serviço até recebê-lo. Tudo isso fica a cargo da administradora. 

Conclusão

Vale a pena financiar um veículo? Agora você sabe que não. O processo de ter em mãos rapidamente o bem não significa que o gasto final valerá a pena.

 Afinal, se você não conseguir pagar, você não vai continuar com o bem. As taxas e juros envolvidos são as principais ciladas do financiamento, uma vez que são muito altas e podem fazer com que seu gasto saia muito mais alto do que o valor original do bem. 
Considerando tudo isso, a gente te mostrou que o consórcio é um caminho bem mais inteligente para conquistar um bem como um carro. Por isso, se você deseja realizar esse sonho,  simule um crédito com o Klubi!